Escenarios de Portugal: Penacova


En este artículo, el número 100 de los aquí publicados, Jorge Almeirim nos describe magistralmente la "pista" de Penacova, situada muy cerca de Coimbra, a medio camino entre Lisboa y Oporto. Cómo ya acostumbramos a hacer con los artículos de Jorge, publicamos primero en portugués y más abajo en español.

[ EM PORTUGUÊS]


No centro de Portugal, na estrada (IP3) que liga Coimbra a Viseu, encontramos a vila de Penacova, a cujos “pés” corre o Rio Mondego, maior rio de entre os que nascem e desaguam em território português. Estas águas cristalinas e frias, saídas da Barragem da Aguieira, situada poucos quilómetros a montante, para além de serem uma das melhores “escolas” portuguesas de pesca à boia, principalmente na sua versão de pesca à francesa, são igualmente palco de alguns dos melhores tramos portugueses para a pesca à pluma da truta. Este troço do rio é uma concessão de pesca gerida pela Camara Municipal de Penacova, tendo duas valências, a pesca aos cipninideos e a pesca aos salmonídeos, sendo que em ambas, existe a obrigatoriedade de devolução à agua com vida, da totalidade dos exemplares capturados (exceto as espécies cuja devolução é agora proibida, em face da maldita Portaria 360/2017 de 22 de novembro). Embora o tramo dedicado à pesca aos cipinideos tenha aproximadamente 900 metros, localizando-se entre o açude e a ponte do IP3, a totalidade da conceção estende-se por um comprimento de cerca de 10 quilómetros, sendo limitada a jusante pela foz da Ribeira de Poiares e a montante pelo açude da mini-hidrica de Penacova, havendo ainda dois tramos no Rio Alva. A licença diária de pesca é em ambos os casos gratuita para os sócios dos clubes do concelho de Penacova, federados na modalidade e menores de 14 anos, sendo que para os restantes pescadores, tem um custo de 1,00 € no caso da pesca aos ciprinídeos e no caso da pesca aos salmonídeos um custo de 2,00 € para os pescadores residentes no concelho de Penacova e de 4,99€ para os restantes. Estas licenças podem ser obtidas no Posto de Turismo Municipal e nas lojas de artigos de pesca, A Teia, O Primavera e Casa Girassol.

Como chegar?
Transitando no IP3, pouco depois de Penacova, para quem viaja em direção a Viseu, ou um pouco antes desta, para quem viaja em direção a Coimbra, encontra-se a placa indicadora da saída para “Livraria do Mondego”, saída essa que se deve tomar, rumando então por uma pequena estrada rumo a Penacova e Livraria do Mondego. Passados 1200 metros após a saída do IP3, encontraremos à direita a placa a indicar “Pesca” e eis-nos chegados.

Pista de pesca aos ciprinídeos de Penacova

A pista de pesca (ciprinídeos)
A pista tem cerca de 900 metros de comprimento, correndo o rio da direita para a esquerda, variando a sua profundidade entre 1,5 metros nos pesqueiros mais a jusante, perto do açude, aumentando progressivamente até aos cerca de 5 metros, nos pesqueiros a montante do local em que entramos na pista. Fruto das descargas da Barragem da Aguieira, com vista à produção de eletricidade, encontramos aqui a particularidade de o nível da água ter uma variação de cerca de um metro entre a sua cota máxima, que ocorre normalmente por volta das 9.30 h às 10.00 horas e a cota mínima, que ocorre a partir sensivelmente das 11.30 às 12.00 horas.

O mesmo pesqueiro à cota mínima e máxima


Espécies
As espécies predominantes são, por ordem de quantidades, os góbios, com um peso médio até às 10 gramas, as bogas que podem ir das 10 gramas às “velhotas” com 150 gramas e mesmo mais, os barbos, com uma média de 0.5 kg a 1 kg e as trutas.

As boas bogas de Penacova

Engodos e iscos
Quanto a engodos, aquele que é de longe o mais utilizado, é o engodo especifico para bogas, desenvolvido e comercializado pelo grande campeão José Calado. Naqueles dias de pesca difícil, em que as bogas se mostram pouco colaborantes, embora o anterior também funcione bem, o engodo Sensas 3000 Goujons (Gudgeon), próprio para os góbios, faz por vezes alguns “milagres” na pesca destes pequenos peixes. Quando a iscos, na pesca das bogas e dos góbios, aqui os reis são o fouillis para misturar no engodo e o vers de vase para o anzol, mas também para misturar no engodo. Para o anzol não devemos igualamentos descurar os pinkies, os fifises e mesmo o asticot, que por vezes permitem a captura dos maiores exemplares. Nos tempos áureos desta pista, em que para ganhar não era raro ter que se fazer mais de 8 kg de bogas, em três horas, a engodagem era feita de forma constante à mão e 17 litros de engodo, se não fosse bem gerido, revelava-se como pouco. Hoje em dia, com menor quantidade de peixe, embora muitos continuem a “bater” engodo à mão, a maioria dos pescadores adopta um método misto, em que as bolas mais carregadas com “carne” (fouillis e/ou vers de vase) são colocadas com o recurso da coupele e as restantes, mais pobres em iscos, para não perder tempo, com a mão.
Para a pesca do barbo, quer para iscar quer para engodar, temos o inevitável asticot, que na engodagem, quando se pesca à francesa, ou à inglesa à distancia do asticot solto, pode ser complementado com o cânhamo cozido.

Vista desde o açude

Fios e anzóis
Senda a boga um dos peixes mais desconfiados, senão mesmo o mais desconfiado das espécies existentes em Portugal, exige-se grande discrição nas nossas montagens e apresentação do isco. A norma serão baixadas feitas em fio 0.12, com empates 0.10 nos momentos de maior ritmo, podendo ir até ao 0.08 ou mesmo menos, naqueles dias mais complicados. Em termos de anzóis, nunca poderemos andar longe dos incontornáveis Drennan Ultra Fine Pole ou Kamasan B532 ambos de aste longa, o que facilita na iscagem e na desferragem do peixe, no caso de pescas de maior ritmo, ou os Kamasan B512 ou Sensas 3012 para pescas mais normais ou difíceis. Todos estes anzois tem a particularidade de serem de cor vermelha, mais ou menos escura, consoante o modelo, mas bem adaptada à iscagem com vers de vase, sendo por norma os números mais usados o 18 e o 20, mas nunca esquecendo de ter preparados também alguns números 16 e 22. O comprimento do empate variará entre os 15 e os 20 centímetros, sendo o segundo o mais polivalente.
Para a pesca dos barbos, pelo seu tamanho, combatividade e também pela existência de muitas pedras no leito do rio, convém optar por material robusto, pelo que algo como os anzois Kamasan B640, ou Sensas 3091, empatados num bom fio 0,14 a 0.18, certamente não nos deixarão ficar mal.

A zona intermédia


Boias e montagens
Como já acima referido, o facto de a pista apresentar uma grande variação no seu nível de água, com natural influencia no período em que está a “encher” ou a “vazar”, alturas em que apresenta uma corrente com alguma força, as boias, no que ao seu peso e formato diz respeito, terão que ser adaptadas ao longo da jornada de pesca. Na pesca das bogas, para aqueles que prefiram optar por um único modelo de boia, a Maver Carbo Match ou Drennan AS8 são fantásticas, podendo ser usadas quando a água corre, nas medidas de 0.75 a 1 grama, ou mesmo até 1.5 gramas para quem tenha mais dificuldade em controlar a deriva da montagem na corrente, embora com este peso, a visibilidade dos toques seja bem menor, e 0.30 a 0.60 gramas, quando a água está parada. Para quem prefira um extra de sensibilidade aos toques, com a água parada, poucas boias igualam a Maver Carbo, nas medidas de 0.20, 0.30 e mesmo 0.50 gramas. Quanto às montagens, nada de grandes complicações, um maciço a pouco mais de 20 centímetros do anzol, com dois chumbos de queda abaixo deste, espaçados a igual distancia, o ultimo dos quais encostado à aselha do empate. Com a água parada, ou na busca dos peixes acima do fundo, poderemos afastar um pouco mais o maciço, adicionando, ou não, mais um chumbo de queda, mantendo igualmente a distancia entre estes. Estas são as bases mais consensuais que serão um bom ponto de partida, depois existem tantas variações quantos os gostos e crenças pessoais de cada pescador.
Para a pesca dos barbos à francesa, a montagem base poderá ser muito semelhante, variado apenas a grossura do fio da montagem, que para nos dar a segurança de poder pescar grosso, não deverá ser inferior a 0.20. Quando a água começa a perder a sua força e depois enquanto está parada, como em qualquer local para a pesca dos barbos, funciona muito bem uma montagem com boias leves e os chumbos da montagem todos distribuídos a igual distancia desde a boia até ao anzol. Funciona igualmente muito bem a pesca utilizando as famosas boias Milo Goccia, pré chumbadas, que devido a esta particularidade, permitem não só lançar a linha com uma longa bandeira de modo a pescar mais longe, como utilizar muito pouco peso na linha, em que os chumbos devem estar por ela distribuídos a igual distancia, tornando a montagem muito eficaz na pesca dos barbos.

Zona a montante até à ponte do IP3

A pesca
O principal já se encontra acima descrito, importa apenas referir dois aspetos aqui muito importantes. Primeiro aspeto, na pesca das bogas (como em qualquer outra) é fundamental não nos acomodarmos, sendo fundamental uma constante “caça”, quer no local de pesca, que varia desde em frente a nós, no local da engodagem, até vários metros a jusante, quer quanto à localização do anzol na coluna de água, pois apesar de a base da pesca ser efetuada com o anzol a rapar no fundo, em certos momentos é necessário apoiar todo o terminal no fundo e noutros é necessário colocá-lo 20, 30, ou mesmo 50 centímetros fora do fundo. Segundo aspeto importante, devido à particularidade já referida da grande variação do nível da água, se não estivermos a capturar peixe, ou estando, de repente deixarmos de capturar, é de vital importância voltar a sondar, para termos uma noção exata da localização do nosso anzol.

Pesca ao feeder
Dada a existência de numerosas pedras no leito do rio, este não é dos locais mais indicados para a sua prática, mas ainda assim, quem se quiser arriscar a perder umas quantas montagens e fedeers, poderá ter algumas boas surpresas capturando uns belos barbos. Tal como à inglesa, a pesca pode fazer-se desde cerca dos 20 metros até junto da margem oposta, em função principalmente das características do seu leito, sendo que como se pode ver nas fotografias abaixo, o leito natural do rio corre junto à margem oposta, pelo que será sempre um dos locais privilegiados para pescar.





Pesca à pluma
Relembrando o fundamental da pesca sem morte, pois no sentido da preservação das trutas, nesta concessão, esta é uma das espécies cuja imediata devolução à agua em boas condições de sobrevivência é obrigatória, este rio de excelência para esta pesca, é sem sombra de dúvidas o tecnicamente mais exigente a nível nacional e um dos mais exigentes a nível europeu, como o confirmou o campeonato da europa aqui disputado em 2012.

Manuel Pedroso, atual campeão nacional português, que forneceu as dicas e as fotos sobre a pesca à pluma, constantes neste artigo


Dos onze troços que compõem a conceção, para a pesca à pluma, pela sua excelência, destacamos os números 1, 3, 7, 9, 10 e 11. Os troços 1 e 3, situados respetivamente desde a foz da ribeira de Poiares até ao açude da Carvoeira o nº1 e desde a foz da ribeira da Selgã até ao açude da Pista de Pesca o nº 2, devido à variação diária do caudal do rio, são aqueles mais exigentes em termos técnicos e que para explorar completamente o seu enorme potencial, mais obrigam ao pescador o domínio das várias técnicas, seja na pesca com afogadas, streamers, ninfas ou secas.




Nos tramos 7 e 9, situados respetivamente desde a saída do túnel da mini-hídrica até ao açude da Raiva o nº7 e desde a primeira ilha do rio (cerca de 300 mt a montante da empresa “Tima”) até o açude da mini-hídrica o nº 9, embora se possam usar todas as técnicas acima faladas, como o nível da água é sempre o mesmo, o comportamento das trutas difere do dos troços anteriores, pelo que aqui, a pesca à ninfa e à seca são as rainhas. No lote 9 é preciso ter muita atenção ao caminhar pelo rio, pois devido às constantes irregularidades e pedras escorregadias, o risco de queda é elevado.


  

  


Os tramos 10 e 11, já no rio Alva, um dos afluentes do rio Mondego, logo mais pequeno e estreito, é mais fácil de andar, mas as trutas também são mais pequenas. O tramo 10 estende-se desde a foz do rio Alva até um quilómetro a montante e o nº 11 desde um quilómetro da foz do rio Alva até Vale Simão. São lotes muito bons na pesca à seca e também com ninfas, na sua versão pura ou em tandem.
Abaixo podemos ver alguns dos iscos artificiais aqui utilizados, os quais, consoante o seu tipo, serão presos a linhas desde o 0.10 ao 0.18.



_____________________________

[ EN ESPAÑOL]



En el centro de Portugal, en la carretera (IP3) que une Coimbra con Viseu, encontramos la villa de Penacova, a cuyos "pies" corre el río Mondego, el mayor de los ríos que nacen y desembocan en territorio portugués. Estas aguas frías y cristalinas, salidas del embalse de Aguieira, situado a pocos kilómetros aguas arriba, además de ser una de las mejores "escuelas" portuguesas de pesca con flotador, principalmente en la versión de pesca a coup, es igualmente uno de los mejores tramos portugueses para la pesca a mosca de la trucha. Esta zona del río es una concesión de pesca gestionada por la Camara Municipal de Penacova, siendo válido para las pesca de ciprínidos y salmónidos y destacando que en ambas modalidades es obligatorio la devolución al agua con vida de la totalidad de los ejemplares capturados (excepto las especies cuya devolución está ahora prohibida en virtud de la maldita Ley 360/2017 del 22 de noviembre).

Aunque el tramos de ciprínidos tenga aproximadamente 900 metros, se localiza entre el azud y el puente de la IP, la totalidad de la concesión se extiende por una longitud de cerca de 10 km, siendo limitada por debajo por la foz de Ribeira de Poiares y por encima por el azud de la minihidraulica de Penacova, existiendo aún dos tramos en el río Alva. El permiso diario de pesca diario es en ambos casos gratuito para los socios de los clubes del concejo de Penacova, federados en esta modalidad y para los menores de 14 años, siendo para los restantes pescadores de un coste de 1 euros en el caso de los ciprínidos y para los salmónidos de un coste de 2 euros para los pescadores residentes en el concejo de Penacova y 4,99 euros para los restantes pescadores. Estos permisos pueden ser obtenidos en el Puesto de Turismo Municipal o en las tiendas de artículos de pesca A Teia, O Primavera y Casa Girassol.

¿Como llegar?
Transitando por las IP3, poco después de Penacova, quién viaja en dirección a Viseu, o un poco antes de esta, para quién viaja en dirección a Coimbra, se encuentra una seña indicando la salida hacía “Livraria do Mondego”, salida que se debe tomar, dirigiéndose por una pequeña carretera hacía Penacova y Livraria do Mondego. Pasados 1200 después de la salida de la IP3 encontraremos a la derecha una placa que indica "Pesca" y ya hemos llegado.

Escenario de pesca de ciprínidos de Penacova

El escenario de pesca (ciprínidos)

El escenario tiene cerca de 900 metros de longitud, corriendo el río de derecha a izquierda, variando la profundidad entre 1,5 metros en los pesquiles inferiores y aumentando progresivamente hasta cerca de los 5 metros en los pesquiles superiores cercanos a la zona en la que entramos en el escenario. Debido a la salida de agua del embalse de la Aguieira, debidos a la producción de electricidad, encontramos aquí la particularidad de que el nivel del agua tienen una variación de cerca de un metro entre su cota máxima, que ocurre normalmente en torno a las  9:30 - 10:00 horas y la cota mínima, que se dá de 11:30 a 12:00.

El mismo puesto a cota mínima y máxima.

Especies

Las especies dominantes son, por orden de cantidad, los gobios, con un peso medio de hasta 10 gramos, las bogas que puede ir desde los 10 gramos hasta las "ancianas"  con 150 gramos o incluso más, los barbos, con una media de entre 500g y 1kg y las truchas.

Las buenas bogas de Penacova.
Engodos y cebos
En cuanto a engodos, el que es con diferencia el más utilizado, es el engodo especifico para bogas desarrollado y comercializado por el gran campeón José Calado. En los días de pesca difíciles, en los que las bogas se muestran poco colaboradoras, aunque el anterior también funciona bien, el engodo Sensas 3000 Goujons, especifico para los gobios, hace a veces milagros en la pesca de estos pequeños peces.
En cuanto a cebos, en la pesca de bogas y gobios, aquí los reyes son el fouilli para mezclar con el engodo y el ver de vase para el anzuelo pero tambien para mezclar en el engodo. Para el anzuelo no debemos igualmente olvidar los pinkies, los fifies y el asticot, que algunas veces permite la captura de los mejores ejemplares. En los tiempos dorados de este escenario, en los que para ganar no era raro hacer mas de 8 kg de bogas, en tres horas el engodaje era hecho de forma constante a mano y 17 litros de engodo, si no era bien gestionado, se revelaba como poco. Hoy en día, con menor cantidad de peces, aunque algunos continúan lanzando el engodo a mano, la mayoría de los pescadores adopta un método mixto, en el que la bolas cargadas con "carne" (fouillis y/o ver de vasse) son colocadas con el recurso de la copela y las restantes, más pobres en cebo, con la mano para no perder tiempo.
Para la pesca del barbo, igual para poner como cebo que para cebar, tenemos el inevitable asticot, que en en el cebado, sea a la enchufable, o sea a la inglesa a distancia de ser lanzado suelto, puede complementarse con cañamón cocido.


Vista desde el azud

Hilos y anzuelos

Siendo la boga uno de los peces más desconfiados, sino el más desconfiado de la especies existentes en Portugal, exige una gran discreción de nuestro montajes y de la presentación del cebo. La norma sería líneas hechas en hilo de 0,12, con bajos de 0,10 en los momento de mayor ritmo, pudiendo ir hasta el 0,08 o incluso menos, en los días más complicados. En términos de anzuelos, nunca podremos andar lejos de los inevitables Drennan Ultra Fine Pole o Kamasan B532 ambos de pata larga, lo que facilita la acción de poner el cebo o desanzuelar al pez, en el caso de pescas de mayor ritmo, o los Kamasan B512 o Sensas 3012 para las pescas más normales o difíciles. Todos estos anzuelos tienen la particularidad de ser de color rojo, más o menos oscuro pero bien adaptadas al cebado con vers de vase, siendo por norma los números más usados el 18 y el 20, pero nunca olvidando tener preparados algunos números 16 o 22. La longitud del bajo variará entre los 15 y 20 cm , siendo el el segundo más polivalente. Para la pesca de los barbos, po su tamaño, combatividad y también por la existencia de muchas piedras en el lecho del río, conviene optar por material robusto, algo como los anzuelos Kamasan B640 o Sensas 3091, atadas en un buen hilo 0,14 hasta 0,18 no nos dejarán quedar mal.

La zona intermedia.


Boyas y montajes
Como ya hemos dicho, el escenario presenta una gran variación del nivel de agua, con mayor influencia en los periodos en los que se esta "llenando" o "vaciando", momentos en los que puede presentar una corriente con cierta fuerza por lo que el peso de la boya tendrá que ser adaptado a lo largo de la jornada de pesca.

En la pesca de las bogas, para aquellos que prefieran optar por un único modelo de boya, la Maver Carbo Match o Drennan AS8 son fantásticas, pudiendo ser usadas cuando el agua corre, en medidas de 0.75 a 1 gramos o hasta 1.5 gramos para quien tenga más dificultades en controlar la deriva del montaje en la corriente, aunque con este peso la visibilidad de los toques sera mucho menor, y 0.30 a 0.60 gramos para cuando el agua está parada. Para quien prefiera un extra de sensibilidad a los toques, con el agua parada, pocas boyas igualan a la Maver Carbo, en medidas de 0.20, 0,30 o incluso 0.50 gramos. En cuanto a los montajes, nada de compilaciones, un grupo "macizo" a poco más de 20 cm del anzuelo con dos plomos de toque por debajo de este a igual distancia con el último de los cuales estará apoyado en el nudo. Con el agua parada, o en la búsqueda de los peces por encima del fondo, podremos alejar un poco más el grupo "macizo" añadiendo, o no, un plomo de toque, manteniendo igualmente la distancia entre estos. Están son las bases más consensuadas que serán un buén punto de partida, después existen tantas variaciones según los gustos o creencias personales de cada pescador.

Para la pesca de los barbos con enchufable, el montaje base será muy semejante, variando apenas el diámetro de montaje, que para darnos seguridad, no será inferior a 0,20 mm. Cuando el agua empieza a perder fuerza o cuando está parada, como en cualquier escenario con barbos, funciona muy bien un montaje con boyas ligeras y los plomos del montaje todos distribuidos a igual distancia desde la boyas hasta el anzuelo.  Funciona igualmente muy bien la pesca utilizando las famosas boyas Milo Goccia, preplomeadas, que debido a esta peculiaridad, permiten no solo lanzar la linea con una bandera larga para pescar mas lejos, si no también utilizar muy poco peso en la línea, en la que los plomos deben estar distribuidos a igual distancia, siendo este un montaje muy eficaz en la pesca de los barbos.

Zona aguas arriba hasta el puente de la IP3

La pesca
Lo principal ya se encuentra encima descrito, lo que importa es apenas destacar dos aspectos aquí muy importantes. El primero de los aspectos, en la pesca de bogas (como en cualquier otra) es fundamenta no "acomodarnos" siendo necesaria una constante "caza" en la zona de pesca, que varía desde enfrente a nosotros, la zona de engodaje, hasta varios metros aguas abajo, en cuanto a la localización del anzuelo en la columna de agua, a pesar de la base se efectúa con el anzuelo "raspando" el fondo, en ciertos momentos es necesario apoyar todo el bajo en el fondo y en otros es necesario colocarlo 20, 30 o incluso 50 cm por encima del fondo. El segundo aspecto importante, debido a la particularidad ya referida de la grande variación del nivel del agua, si no estuviésemos capturando peces, o estando, de repente dejamos de capturar, es de vital importancia volver a sondear, para tener una noción exacta de la localización de nuestro anzuelo.




Pesca al feeder
Dada la existencia de numerosas piedras en el lecho del río, este no es de los escenarios más indicados para su práctica, aunque ara quien quiere arriesgarse a perder unos cuantos montajes de feeder, podrá tener algunas buenas sorpresas capturando unos bellos barbos. Tal como con la inglesa, la pesca puede hacerse desde los 20 metros hasta justo la margen contraria, en función principalmente de las características de su lecho, que como puede verse en las fotografías de debajo, el lecho natural del río corre junto a la margen opuesta, por lo que será una de las zonas privilegias para pescar.

Pesca a mosca

Recordando lo fundamental de la pesca sin muerte, pues en el sentido de la preservación de las truchas, en esta consesión, esta es una de las especias cuya inmediata devolución al agua en buenas condiciones para sobrevivir es obligatoria, este río es excelente para esta pesca, y sin sombra de duda es el más exigente técnicamente hablando a nivel nacional y de los más exigente a nivel europeo, como se confirmo en el Campeonato de Europa disputado aquí en 2012.

Manuel Pedroso, atual campeón nacional português, que  proporcionó los consejos y las fotos sobre la pesca a mosca contenidas en este artículo


De los once tramos que componen la concesión, para la pesca a mosca, por su excelencia, destacamos los números 1, 3, 7, 9, 10 y 11. Los tramos 1 y 3, situados respectivamente desde el meandro de la ribera de Poiares hasta el azud de la Carvoeira el nº 1 y desde la desembocadura de la ribera de la Selgã hasta el azud de la Pista de Pesca el número 2, debido a la variación diaria del caudal del río, son los más exigentes en términos técnicos y que, para explorar completamente su enorme potencia, más obligan al pescador al dominio de varias técnicas: ya sean ahogadas, streamers, ninfas o secas.

En los tramos 7 y 9, situados respectivamente desde la salida del túnel de la mini-hidráulica hasta el azud de Raiva el número 7 y desde la primera isla del río (cerca de 300 metros por encima de la empresa "Tima") hasta el azud de la mini-hidráulica el número 9, aunque se pueden usar todas las técnicas descritas por encima, como el nivel de agua es siempre el mismo, el comportamiento de las truchas es diferente al de los tramos anteriores, por lo que aquí las pesca a ninfa y a seca son las reinas. En el tramo 9 es necesario tener mucha atención al caminar por el río, pues debido a las constantes irregularidades y piedras escurridizas, el riesgo que se corre es elevado.



  

  


Los tramos 10 y 11, ya en el río Alva, uno de los afluentes del río Mondego, es más pequeño y estrecho y más fácil de andar pero las truchas son también más pequeñas. El tramo 10 se extiende desde la hoz del río Alva hasta un kilómetro por encima y el número 11 desde un kilómetro desde la hoz del río Alva hasta "Vale Simão". Son tramos muy buenos en la pesca a seca y también con ninfas, en su versión pura o en tándem. Abajo podemos ver algunas moscas aquí utilizadas, los cuales, dependiendo de su tipo, serán atados en líneas desde 0,10 a 0,18 mm.




Texto y fotografía: Jorge Almeirim.
Traducción al español: Daniel Porto.

No hay comentarios

Con la tecnología de Blogger.