Escenarios de Portugal: Santa Margarida do Sado

Jorge Almeirim nos presenta en esta ocasión la "pista" de Santa Margarida de Sado, situada en la región del Alentejo, a una hora al sudeste de Setúbal y cerca de las poblaciones de Grândola y Ferreira do Alentejo. Cómo ya hicimos en la presentación de Jorge, publicamos primero en portugués y más abajo en español.



[ EM PORTUGUÊS]


No sul de Portugal, mais propriamente no Baixo Alentejo, na estrada que liga Grândola a Ferreira do Alentejo, encontramos a pequena aldeia de Santa Margarida do Sado, junto à qual corre o Rio Sado, único rio português que tem a particularidade de correr de sul para norte. Esta pista de pesca é concessão do Clube de Pesca Desportiva de Santa Margarida do Sado, estando sujeita ao pagamento diário de 3.50 €.  Embora parecidas, podemos distinguir nesta pista três zonas de pesca com particularidades distintas e sobre as quais falaremos mais à frente. São elas a jusante da ponte da autoestrada, entre esta ponte e a ponte da estrada nacional e a montante desta ponte.


Pista de pesca de Santa Margarida do Sado

Como chegar?

O acesso à zona mais a jusante, faz-se por um caminho de terra situado imediatamente antes dos semáforos existentes à entrada da aldeia, para quem vem do lado de Ferreira do Alentejo, ou à esquerda imediatamente depois destes, para quem vem do lado de Grândola. Iremos depois passar por baixo da ponte da autoestrada, circulando por uma centena de metros por baixo desta e encontraremos o rio. O acesso às duas restantes zonas, faz-se por uma pequena rua situada à direita imediatamente antes de se chegar à ponte, para quem vem do lado de Ferreira do Alentejo, ou à esquerda imediatamente após a ponte, para quem vem do lado de Grândola.  

A pista de pesca

Salvo raras exceções que ocorrem no inverno, durante a restante parte do ano, a corrente tende a ser fraca ou praticamente nula, sendo que o rio corre da esquerda para a direita. As espécies predominantes são, por ordem de quantidades, as abletes, com uma média de 30 gramas, os barbos, com uma média de 0.5 kg a 1 kg, as tainhas com uma média de 1 kg a 2 kg, as carpas com uma média de 1 kg a 1.5 kg e os pimpões com uma média de 300 gr a 600 gr. Podemos ainda encontrar, embora em menor quantidade, percas-sol, enguias, savelhas e peixes gato. Para os aficionados da pesca aos predadores, existe aqui uma população muito interessante, quer em quantidade quer em tamanho, de achigãs.
A zona mais a jusante é a mais funda do rio, com uma profundidade média entre os 4 e os 5 metros, havendo um ou outro pesqueiro ainda mais fundo. Em alguns pesqueiros, principalmente a meio da zona, existe muita lenha no fundo, o que dificulta bastante a pesca. No verão, nesta zona, costumam predominar os barbos e a pesca mais produtiva costuma ser à inglesa, pescando perto da margem oposta, engodando com algum engodo, mas principalmente com asticot colado com gravilha. A opção tanto pode passar pela pesca com boia de slider, devido ao fundo e também para evitar a deriva da boia por ação do vento, que é aqui bastante frequente, ou com boia fixa, pescando no fundo ou mesmo um pouco acima deste. A pesca à francesa aos 13 metros é igualmente uma opção válida, sendo que a pesca às tainhas se costuma fazer à distancia do 3º ao 5º elemento da cana.


Zona a jusante

A zona intermédia, entre as duas pontes, é a que normalmente apresenta uma pesca mais complicada. Com um fundo a rondar os 3,5 metros nos pesqueiros mais a jusante e os 2.5 metros nos pesqueiros mais a montante, é a zona que costuma proporcionar menos capturas, sendo, no entanto, a mais variada em termos de espécies. A pesca mais produtiva costuma ser à francesa, aos 13 metros, nunca descorando a pesca às tainhas à distancia do 4º ou 5º elemento da cana e à inglesa com boia fixa junto à margem oposta.


Zona intermédia entre pontes

Por fim, na zona mais a montante, temos uma profundidade a rondar os 3 a 3.5 metros, sendo por norma a zona em que no verão predominam as carpas. A pesca é semelhante à da zona anterior (intermédia)

Zona a montante

Engodos e iscos

Quanto a engodos, na procura dos barbos e das tainhas, o mais utilizado será talvez o MILO Barbos, vermelho e com sabor a queijo, sendo que outros semelhantes funcionarão igualmente bem. Embora as carpas e os pimpões não rejeitam esse tipo de engodos, é comum que quem queira fazer um pesqueiro em busca destas espécies, normalmente aos 13 metros, prefira usar um engodo especifico, tipo SENSAS Carpas ou MILO Carpas ou Magic, reservando o precedente para pescar mais curto às tainhas. Quem se queira dedicar às abletes convém utilizar um engodo que faça e mantenha uma nuvem na água, mas que, devido ao tamanho das abletes, necessita de ter comida que as mantenha no pesqueiro, pelo que uma mistura tipo 2 porções de SENSAS Surface ou Abletes misturado com 1 porção de SENSAS Etang, funciona muito bem. 

Relativamente a iscos, o mais utilizado é… o milho. Para quem busca os peixes de maior porte, devido à elevada quantidade de abletes, o recurso ao asticot resulta muitas vezes impossível, pelo que o milho acaba por ser bastante utilizado. Se para carpas e pimpões isto não é uma novidade, neste local os barbos também o apreciam bastante e na procura das tainhas, por curioso que seja, funciona mesmo muito melhor o milho do que o asticot. Pelo exposto, ao engodo convém sempre adicionar algum asticot (morto) e uns bagos de milho, trigo e cânhamo, os quais deverão igualmente ir sendo introduzidos no pesqueiro ao longo da pescaria utilizando uma fisga e / ou coupele.

Fios e anzóis

Apesar de os exemplares poderem atingir bom tamanho, por vezes são bastante desconfiados, pelo que uma boa base para inicio de pesca, será um terminal em fio 0.12 ou 0.14 e um anzol nº 20 tipo KAMASAN B640 para os barbos, se as abletes permitirem pescar com asticot, nº16 tipo GAMAKATSU 2210B para carpas, pimpões e barbos (se tiver que usar milho), nº 16 tipo GAMAKATSU G1-105 para as tainhas. Em função do decorrer da pesca, iremos então mantendo, aumentando ou diminuindo a espessura do fio e/ou o tamanho do anzol. Para as abletes, um anzol nº 16 tipo GAMAKATSU 1050N num fio 0.14 são a norma.


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[ EN ESPAÑOL]


En el sur de Portugal, más concretamente en el Bajo Alentejo, en la carretera que une Grândola y Ferreira do Alentejo encontramos la pequeña adela de Santa Margarida do Sado, junto a la cual discurre el Rio Sado, único río portugués que tiene la particularidad de correr de sur a norte.  Este escenario de pesca es concesión  del Club de Pesca Desportiva de Santa Margarida do Sado estando sujeto a un pago diario de 3,50 euros. Aunque parecidas, podemos distinguir en este escenario 3 zonas con particularidades distintas y sobre las que hablaremos más adelante. Las zonas son por debajo del puente de la autovía, entre este puente y el puente de la carretera nacional y por encima de este puente.

Escenario de pesca de Santa Margarida do Sado desde el aire.

¿Cómo llegar?

El acceso a la zona situada aguas abajo se hace por un camino de tierra situado inmediatamente antes de los semáforos exsitentes en la entrada de la aldea para quien viene del lado de Ferreira do Alentejo o a la izquierda inmediatamente después de estos para quien viene del lado de Grândola. Pasaremos después por debajo del puente de la autovía, circulando una centena de metros por debajo de esta y encontraremos el río. El acceso a la zonas restantes se hace por una pequeña calle situada a la derecha  inmediatamente antes de llegar al puente para quien viene del lado de Ferreira do Alentejo o a la izquierda inmediatamente después del puente para quien viene del lado de Grândola.


El escenario de pesca

Salvo raras excepciones que ocurren en invierno, durante el  resto del año, la corriente tiende a ser leve o nula, recordando que el río corre de izquierda a derecha. Las especies predominantes son, por orden de abundancia, los alburnos, con una media de 30 gramos, los barbos, con una media de 0.5 kg a 1 kg, las lisas con una media de 1 kg a 2 kg, las carpas con una media de 1 a 1,5 kg y los carpines con una media de 300 a 600 gramos. Tambien podemos encontrar, en menor cantidad, percasoles, anguilas, sábalos y peces gato. Para los aficionados a la pesca de predadores, existe una población muy interesante, tanto en calidad como en tamaño, de black bass.

La zona situada más abajo es la más profunda del río con una profundidad media entre los 4 y 5 metros existiendo en algún que otro pesquil todavía más profundidad. En algunos pesquiles, principalmente los del medio de esta zona, encontramos muchos enganches en el fondo, lo que dificulta la pesca. En el verano, en esta zona,  generalmente predomina la pesca del barbo, en general a la inglesa cerca de la orilla opuesta cebando con algo de engodo pero principalmente con asticot encolado con gravilla. La opción puede ser pescar con veleta deslizante debido al fondo pero también para evitar la deriva debida a la acción del viento, que es allí bastante frecuente, o con una veleta fija, pescando en el fondo o justo un poco por encima de este. La pesca a enchufable es igualmente una opción válida siendo la pesca de lisas un opción que se generalmente se hace a distancia del tercer al quinto tramo de la caña.

Zona situada aguas abajo del puente de la autovía.

La zona intermedia, entre los dos puentes, es la que normalmente se presenta más complicada. Con una profundidad rondando los 3,5 metros situados más abajo y los 2,5 metros en los pesquiles situados más arriba, es una zona que generalmente proporciona menos capturas, siendo en cambio, la más variada en términos de especies. La pesca más productiva generalmente es la enchufable a 13 metros sin olvidar la pesca de lisas a distancia del cuarto o quinto tramo de la caña y la pesca inglesa con veleta fija en la orilla opuesta.


Zona intermedia situada entre los puentes.

En la zona situada más arriba tenemos una profundidad alrededor de 3 a 3,5 metros, siendo la zona en la que en verano predominan las carpas. La pesca se asemeja mucho a la de la zona anterior (zona intermedia).

Zona superior del escenario.

Engodos y cebos

En cuanto a engodos, en la busqueda de barbos y lisas, el más utilizado tal vez sea el Milo Barbos en color rojo con sabor a queso, sabiendo que otros similares funcionan igualmente bien. Aunque las carpas y los carpines no rechazan este tipo de engodos, es común que quién quiera hacer un pesquil buscando estas especies, normalmente a 13 metros, prefiera usar un engodo específico tipo Sensas Carpa o Milo Carpas Magic, reservando el otro para pescar más en corto las lisas. Quién se quiera dedicar a los alburnos conviene utilizar un engodo que haga una nube y la mantenga en el agua, pero que, debido al tamaño de los alburnos, necesita tener comida que se mantenga en el pesquil. Por ello, una mezcla tipo 2 partes de Sensas Surface o Alburno mezclado con 1 parte de Sensas Etang funciona muy bien.

Hablando de los los cebos, el más utilizado es... el maíz. Para quien busca los peces de mayor tamaño, debido a la elevada cantidad de alburnos, utilizar el gusano resulta muchas veces imposible, por lo que el maíz acaba por ser bastante utilizado. Si para las carpas y los carpines esto no es una novedad. en este escenario los barbos también lo aprecian bastante y, en la busqueda de las lisas, por curioso que sea, funciona mucho mejor el maíz que el gusano. Por lo explicado, siempre conviene añadir al engodo algún gusano muerto, unos granos de maiz, trigo y cañamón que deberán ser también introducidos en el pesquil a lo largo de la jornada utilizando el tirador y/o la copela.


Hilos y anzuelos

A pesar de que los peces pueden alcanzar buen tamaño, son algunas veces bastante desconfiados por lo que una base para el inicio de pesca será un bajo de línea de 0,12 0 0,14 mm y un anzuelo tipo Kamasan B640 para los barbos. Si los alburnos permitiesen pesca por gusano, anzuelo tipo GAMAKATSU 2210B nº16 para carpas, carpines y barbos y anzuelo tipo GAMAKATSU G1-105 nº 16 para las lisas. En función de la evolución de la pesca iremos manteniendo, aumentando o disminuyendo el grosos del hilo y/o el tamaño del anzuelo. Para los alburnos, un anzuelo tipo GAMAKATSU 1050N en nº 16 montado en un hilo de 0,14 mm es la norma.



Texto y fotografía: Jorge Almeirim.
Traducción al español: Daniel Porto.

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